● goza ophelia entre ●
● abertos os ●
● olhos ●
● cada ondulação vi ●
● trea da agua e ●
● entre vida e ●
● morte se des ●
● ata e solta ●
● segue a cor ●
● rente ate a ●
● argila fina ●
● raiz de lotus ●
● volta a tona e ●
● agora sonha ●

*Alberto Lins Caldas*

segunda-feira, 13 de junho de 2011

allegro ma non troppo






O Meu Amor
(Chico Buarque de Holanda)

O meu amor tem um jeito manso que é só seu
E que me deixa louca quando me beija a boca
A minha pele inteira fica arrepiada
E me beija com calma e fundo
Até minh'alma se sentir beijada, ai
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
Que rouba os meus sentidos, viola os meus ouvidos
Com tantos segredos lindos e indecentes
Depois brinca comigo, ri do meu umbigo
E me crava os dentes, ai
Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
De me deixar maluca quando me roça a nuca
E quase me machuca com a barba malfeita
E de pousar as coxas entre as minhas coxas
Quando ele se deita, ai
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
De me fazer rodeios, de me beijar os seios
Me beijar o ventre e me deixar em brasa
Desfruta do meu corpo como se o meu corpo
Fosse a sua casa, ai
Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz 




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